1. |
Ser de Ver
06:34
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Por teorias do não ser
Agarradas ao querer
Fiz de tudo, sempre e muito
Para não te ver sofrer
Senti sempre um coração
Que provinha do depois
Ai tão fácil solidão
Para ser vivida a dois
Quero, não quero
Assim me faço ver
Tenho, não tenho
Assim me faço ser
Assim me faço ser
Percorri tantos caminhos
Como pobre e pecador
Vivi poucos, tantos anos
Para ser bom sonhador
Não há nada nem ninguém
Que não queira o que não tem
Não há nada nem ninguém
Que me tome por alguém
Ser é meu dever
Quero, não quero
Assim me faço ver
Tenho, não tenho
Assim me faço ser
Assim me faço ser
Imensa dor que não existe
Por não ceder ao teu querer
Imensa dor que não te aflige
Por ser maior o teu dizer
Já não vive o coração
Que um dia se fez chorar
Fez-se morta a ilusão
De que um dia eu possa mudar
Quero, não quero
Assim me faço ver
Tenho, não tenho
Assim me faço ser
Assim me faço ser
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2. |
Mormaço
05:25
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É em nosso ínterim
Que a saudade se pavoneia
Arrogante e triunfante
Acredita-se Cassiopeia
É temor
É canção inquieta sobre firmamento incerto
É quente brisa, enfado
Em tamanho meu deserto
É temor
É canção inquieta sobre firmamento incerto
É neste mormaço que serpenteio o meu olhar
Sobre as ruas e abrigos de teu tão venusto corpo
Intratavelmente ardido
Prorrogo-me a acreditar
Q'este ardor é o reforço da vontade de te ter
Foi o tempo, este inimigo
O saudador em cortesia
Foi o crente, o arrojado
Foi verdadeira poesia
Tanto nos fez ajuntar
E tanto nos fez desmembrar
Veio d'alma rude e morna
Ébrio veio nos ligar
Tanto nos fez ajuntar
E tanto nos fez desmembrar
É neste mormaço que serpenteio o meu olhar
Sobre as ruas e abrigos de teu tão venusto corpo
Intratavelmente ardido
Prorrogo-me a acreditar
Q'este ardor é o reforço da vontade de te ter
É neste mormaço que serpenteio o meu olhar
É neste mormaço que serpenteio o meu olhar
Achega-te a meu regaço
Achega-te a meu regaço
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3. |
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Prolongo esse forjar
Da nossa história intentada
Miro não me atolar
Conto não naufragar
É que os meus traços
São claros como a água
E os meus abraços
São cândidos, sinceros
Não quero mais que o fim
Dobrar-te a ti, dobrar-me a mim
Guio esta nossa embarcação
Tormenta sim, tormenta não
Se afago não te apraz
Redi-lo em meu ouvido
É que o medo em mim voraz
Parece-me atrevido
É que os meus traços
São claros como a água
E os meus abraços
São cândidos, sinceros
Não quero mais que o fim
Dobrar-te a ti, dobrar-me a mim
Guio esta nossa embarcação
Tormenta sim, tormenta não
Sigo o vento mar adentro
Tantos mas, mais quantos Nós?
Sigo o vento mar adentro
Tantos mas, mais quantos Nós?
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4. |
Basbaque
05:07
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É um bis desenfreado
É uma sina desditosa que me atrai
Ainda sinto a boca amarga
Da brandura que me cursa e que me trai
Eu, sisudo, atormentado
Fiquei cego na penumbra, fiquei cego na volúpia
Ai folia é teu recado
Regabofe incontornável que me aquece e agracia
Este alvoroço mastiga-me o silêncio
Brotou de chofre sem aviso e sem meiguice
Esgravato mil de nós
Onde estás fiel compêndio?
Finjo ser remanescente desta farta calhordice
Eu, basbaque, uma vez mais
Considerei que essa frescura era o meu cais
Hora alguma vislumbrei
O viés e o delírio em acreditar-me rei
Persigo o sol, persigo a paz
Não quero o céu, não compro a guerra
Quero é q'esta teima toda que me faz
Não me atraiçoe em novo mar e em nova terra
Este alvoroço mastiga-me o silêncio
Brotou de chofre sem aviso e sem meiguice
Esgravato mil de nós
Onde estás fiel compêndio?
Finjo ser remanescente desta farta calhordice
Quero ser remanescente desta farta calhordice
Teu basbaque não quero ser
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5. |
É difícil ser-se Deus
03:44
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Olha-me
Cabelos brancos
Sem vaidade e com senão
Olha-me
Treita na cara
Sem vontade e sem expressão
És o tempo que passa ou és labirinto sem final?
És o tempo que passa ou és só trama circunstancial?
Não sei eu, não
Não sei eu, não
Goodbye darlin', goodbye
É difícil ser-se Deus
E dizer adeus
Goodbye darlin', goodbye
É difícil ser-se Deus
E dizer adeus
Olho-te
Doce amargura
De bom senso invulnerado
Olho-te
Cara encharcada
Infortúnio ensombrado
I'm movin'
Vou sumir-me amanhã
I'm movin'
Vou sumir-me amanhã
I'm movin'
Vou sumir-me amanhã
I'm movin'
Vou sumir-me amanhã
Goodbye darlin', goodbye
É difícil ser-se Deus
E dizer adeus
Goodbye darlin', goodbye
É difícil ser-se Deus
Estou verde seco feito negro
Estou verde seco feito negro
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6. |
Só(l) de pouca dura
03:10
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Cansado e findo dia
Amiudado e só
Pequeno, mas sereno
Por tão vazio vivente
Que, todavia, faz de si
O seu próprio faraó
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7. |
Verde Seco Feito Negro
08:18
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É que teimas no queixume
Na presença do amanhã
Mesmo tendo a noção que o hoje foi-te bom
Nada rasga esse teu livro de dizeres preditados
Finges que vens, finges que vais
Quero ver a tua casa de imagéticas forçadas
Lanço à sorte o devaneio
Bel-prazer fora de tom
Sinto-me tísico
Rio-me às cegas
Sinto-me impróprio a dormir nesse arraial
Vejo a trapaça
Sei-te a léguas
Vejo-te nua em demanda material
Não sei mais por onde arder
Estou verde seco feito negro
Sou moléstia, ilusão
Sem ventura e sem razão
Nada rasga esse teu livro de dizeres preditados
Finges que vens
Quero ser o homem bravo que escurece a luz quimérica
Quero-te perto, quero-te longe
Mordi a linha em tentação
Sinto-me tísico
Rio-me às cegas
Sinto-me impróprio a dormir nesse arraial
Vejo a trapaça
Sei-te a léguas
Vejo-te nua em demanda material
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